
O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), e o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB) despontam como os principais nomes na corrida pelo Governo do Espírito Santo em 2026. É o que aponta levantamento do instituto Paraná Pesquisas, divulgado nesta segunda-feira (2). 3w2t6y
A pesquisa ouviu 1.522 eleitores entre os dias 28 e 31 de maio, em 45 municípios capixabas. A margem de erro é de 2,6 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
No cenário estimulado, Pazolini aparece na liderança com 26,1% das intenções de voto, seguido de perto por Ferraço, com 21,7%. Tecnicamente, os dois estão empatados dentro da margem de erro: Pazolini pode variar de 23,5% a 28,7%, enquanto Ferraço oscila entre 19,1% e 24,3%. Como os intervalos se sobrepõem, o cenário configura empate técnico, mesmo com Pazolini numericamente à frente.
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Na terceira colocação aparece o atual secretário estadual de Desenvolvimento, Sérgio Vidigal (PDT), com 11,1%. Vale destacar que Vidigal tem entre seus principais aliados o prefeito da Serra, Weverson Meireles (PDT), que se elegeu vinculado eleitoralmente ao ex-prefeito da cidade. Esse apoio confere a Vidigal uma musculatura extra nas negociações eleitorais, seja como cabo eleitoral de peso, seja como eventual cabeça de chapa.
Vidigal e Ferraço fazem parte do mesmo grupo político liderado pelo governador Renato Casagrande (PSB). Em tese, ambos devem estar no mesmo palanque em 2026. Até o momento, a tendência aponta para Ferraço como o nome mais próximo de encabeçar a sucessão, embora o grupo ainda não tenha definido oficialmente quem disputará o governo.
Na sequência, aparecem:
Arnaldinho Borgo (Podemos) – 8,6%
Da Vitória (UPB – Federação União Brasil/PP) – 6,6%
Euclério Sampaio (MDB) – 5,8%
Helder Salomão (PT) – 4,5%
Há uma tendência de que todos esses nomes — com exceção de Helder — venham a compor o arco de alianças do grupo de Casagrande, embora ainda seja cedo para afirmar qualquer configuração definitiva. O Republicanos, por sua vez, também mantém diálogo com vários desses atores, o que pode embaralhar os alinhamentos em torno da disputa.
A pesquisa também não aponta, até o momento, um nome claramente vinculado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Apesar disso, o grupo bolsonarista segue com força no Espírito Santo e poderá compor alianças ou lançar um projeto próprio. O PL mantém uma relação de aproximação com o Republicanos, embora marcada por idas e vindas.
Outro grupo relevante é o PP, que participa do processo de federalização com o União Brasil, formando a Federação União Progressista Brasileira (UPB) — um “partidão” com grande capilaridade política. Liderado por Da Vitória e pelo presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (União Brasil), a UPB tem mantido diálogo com todos os pré-candidatos do campo de centro e centro-direita.
Com a eleição prevista apenas para 2026, o cenário ainda está cercado de incertezas. No entanto, os levantamentos começam a desenhar uma possível polarização local entre o grupo governista liderado por Casagrande e a oposição representada pelo Republicanos de Pazolini. A definição de quem será o candidato oficial do Palácio Anchieta permanece em aberto e exigirá ampla articulação política para unir a base aliada.
Votos brancos, nulos ou nenhum somam 8,9%, enquanto 6,6% dos entrevistados não souberam ou não responderam.

? Rejeição
A pesquisa também avaliou a rejeição dos nomes testados. Nesse quesito, os eleitores puderam citar mais de um candidato. O deputado federal Helder Salomão (PT) lidera com 20,2% de rejeição, seguido por Da Vitória (PP), com 18%, e Sérgio Vidigal (PDT), com 19,9%. Ferraço tem 12%, e Pazolini registra o menor índice entre os principais nomes: 11%.