
Nesta sexta-feira (5), a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Nova Carapina, na Serra, foi palco de uma ação especial de conscientização sobre a doação de sangue. Mesmo sem poder doar por serem menores de idade, os alunos participaram ativamente da campanha do Junho Vermelho por meio da produção de cartazes publicitários expostos durante a reunião de pais e responsáveis na unidade. 242y2o
A proposta surgiu através da união de várias matérias, onde os professores deveriam trabalhar com a disciplina de publicidade e propaganda. Aproveitando a proximidade do Junho Vermelho, mês de incentivo à doação de sangue, e o calendário escolar, os professores integraram o tema ao conteúdo pedagógico, estimulando os estudantes a criarem materiais com o objetivo de sensibilizar a quem visitasse a escola.
A professora de português, Michele Zildiane, que conduziu a atividade, explicou que os alunos foram convidados a confeccionar, à mão, os cartazes que compam a campanha. “A gente pensou: vamos pedir aos meninos que criem a campanha com criatividade, colocando no papel a importância da doação de sangue. Eles não podem doar ainda, mas os trabalhos foram feitos com o objetivo de alcançar as famílias e os responsáveis”, destacou ao Tempo Novo.
Para a direção da escola, a ação reforça o papel da educação na formação de uma consciência social nos estudantes. “A escola vai muito além do conteúdo curricular. Esse tipo de iniciativa está ligado à cidadania, à formação integral do ser humano. Nosso objetivo é plantar uma semente para que essa nova geração cresça entendendo o valor da solidariedade e da doação”, afirmou o diretor Márcio Becali.
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A professora de artes, Maria Murgia também participou da ação e contou que os estudantes se envolveram intensamente com o projeto. “Eles ficaram empolgados. Durante a reunião dos pais, os alunos estão na porta, entregando panfletos e pirulitos aos pais, explicando sobre a campanha”, disse.
Aluna do nono ano, Flávia Schneider, de 14 anos, ressaltou a importância de tratar do tema mesmo sem ainda poder doar. “A gente fez os cartazes para incentivar as pessoas maiores. É importante porque tem muita gente que precisa de sangue. Eu acho que nossos desenhos e conversas podem, sim, fazer diferença”, afirmou.
Para os pais, a campanha também gerou reflexão. Regiane de Andrade, mãe de uma das alunas, contou que, antes de ter contato direto com a necessidade de uma doação, não via o ato com tanta importância. “A minha mãe precisou de sangue uma vez e isso mudou minha visão. Hoje em dia, quando vejo alguém pedindo nas redes sociais, eu ajudo a divulgar. É um gesto que salva-vidas”, relatou.
Saiba quem pode doar e cuidados necessários z3s3p
Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, atualmente, o Brasil coleta cerca de 3,6 milhões de bolsas de sangue por ano, representando 1,8% da população doando. Embora esse número esteja nos parâmetros recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde busca ampliar esse índice e já flexibilizou a faixa etária permitida: agora, jovens a partir de 16 anos (com autorização dos responsáveis) e adultos com até 69 anos podem doar.
Para doar, é necessário estar em boas condições de saúde, pesar mais de 50 kg e apresentar um documento oficial com foto. O doador não deve estar em jejum e deve evitar alimentos gordurosos antes da coleta.
Entre os impedimentos estão: gravidez, amamentação, doenças transmissíveis pelo sangue, uso de drogas e tatuagens recentes (com menos de um ano). O intervalo entre as doações deve ser de 60 dias para homens (até quatro doações por ano) e 90 dias para mulheres (até três doações por ano).